Aliados e até adversários de Dilma Rousseff concordam que, salvo
algum imprevisto, esta semana foi bem mais positiva para ela do que a
anterior — na avaliação deles, a tese do impeachment perdeu força.
Dizem, porém, que a presidenta precisa agir e promover uma reforma
ministerial que seja capaz de rearticular seu apoio na Câmara dos
Deputados.
“Não é porque a situação melhorou que ela tem
que deixar de agir. Precisa aproveitar e fazer logo a reforma, antes que
tenha que ceder ainda mais”, afirma um deputado petista.
Discursos de Dilma em defesa do próprio mandato e sua atitude de
participar de forma direta da articulação política são fatores citados
para a melhora de sua situação. A aliança com Renan Calheiros,
presidente do Senado, e manifestações de empresários em prol da
estabilidade também contribuíram para a diminuição das pressões.
Apesar das pedaladas do governo estadual na execução do orçamento de
2014, apenas o Psol e o PSDB votarão pela rejeição das contas de Sérgio
Cabral e Pezão. O PT será a favor, e os partidos da base aliada, apesar
de insatisfeitos com a falta de carinhos do Palácio Guanabara, não
querem briga a pouco mais de um ano da eleição.
A bancada do Psol reclama que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa
ainda não publicou pedido de CPI, apresentado em junho, para investigar
Cabral, Pezão e o ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner, citados
por um delator da Lava Jato.
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