Nem mesmo os recentes relatos de delatores do esquema de corrupção da
Petrobras de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teria recebido
US$ 5 milhões (R$ 17,5 milhões) de propina, fazem os líderes dos
protestos titubearem.
O peemedebista é visto como um aliado na
implementação de um processo de impeachment e por isso deve ser poupado
no dia 16. É Cunha quem tem o poder de decidir pôr em votação na Câmara
um pedido de impeachment da presidente.
Apesar do objetivo comum de derrubar a presidente, as principais
lideranças do movimento não têm consenso sobre qual o caminho a seguir
depois disso.
Eles não apostam no caminho de uma cassação da chapa Dilma-Temer pelo
TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porque o julgamento das contas da
campanha eleitoral da chapa petista tende a ser um processo longo, dada a
possibilidade de recursos que o direito à defesa garante.
Se a
chapa fosse cassada com menos de dois anos de mandato, novas eleições
seriam convocadas. Esse é o cenário preferido do senador tucano, Aécio
Neves, que acredita que ganharia um novo pleito, após ter sido derrotado
na eleição de 2014.
Apesar de não declararem apoio à estratégia do presidente do PSDB, os
líderes dos movimentos veem com bons olhos o apoio do partido às
manifestações.
A legenda está usando as inserções a que tem
direito na rede aberta de TV para convocar a população para o protesto
do dia 16 – mas sem fazer referência aos pedidos de impeachment.
As
lideranças tucanas estão divididas sobre a questão, e por isso o
partido não se manifestou oficialmente a favor da medida. O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo
Geraldo Alckmin são contra.
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